martes, noviembre 13, 2007

Adeus: Eugénio de Andrade

Ritmo, ritmo y más de la lusitanamente de este cara.
Así, desde hace tiempo que se volcaba mi mano
y en la falda de sus líneas tropezaba
demacraba el lujo azul vespertino
sobre el vientre bucólico y terrino.


Como se houvesse uma tempestade
escurecendo os teus cabelos,
ou se preferes, a minha boca nos teus olhos,
carregada de flor e dos teus dedos;

como se houvesse uma criança cega
aos tropeções dentro de ti,
eu falei em neve, e tu calavas
a voz onde contigo me perdi.

como se a noite viesse e te levasse,
eu era só fome o que sentia;
digo-te adeus, como se não voltasse
ao país onde o teu corpo principia.

como se houvesse nuvens sobre nuvens,
e sobre as nuvens mar perfeito,
ou se preferes, a tua boca clara
singrando largamente no meu peito.

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